Conforto

"O sofrimento move a vida"
Viviane Mozé, baseando-se em Nietzsche

A classe média é considerada a 'classe de conforto', a classe em que se possuí um carro relativamente novo, uma casa própria e dentro da lei, emprego estável e uma renda que mantenha a família com conforto.

Mas, o que é o conforto?
Vem do Latim CONFORTUS, particípio passado de CONFORTARE, “fortalecer, conferir força”, de COM-, “junto”, mais FORTIS, “forte, intenso, robusto”.
Mais tarde adquiriu o sentido de “aliviar, aplacar, suavizar”.

Quando não temos conforto, lutamos para ter. O sofrimento, de certa forma, virou um hobby para alguns: aqueles que, em condição de extremo conforto, saem de suas confortáveis alcovas e se embreiam no meio do mato, em acampamentos, cabanas, carros, em condições de baixíssimo conforto as vezes, para curtir a natureza, um esporte radical, caçar, etc.. Até mesmo o masoquismo pode ser interpretado: a busca por um momento de dor e sofrimento dá prazer, porque, depois do ato masoquista, a pessoa irá enfrentar uma condição de conforto, de carinho, de afeto, de convivência, para que a sua condição de conforto seja revalorada.

É como se precisássemos lembrar como é o sabor de algo bem amargo, para dar um valor ainda maior para o que é doce.

No que o homem se sentava antes da invenção do sofá?

O conforto não é uma criação da burguesia. É uma criação humana.

Recomendação de leitura:
O SÉCULO DO CONFORTO
AUTOR Joan DeJean
TRADUÇÃO Catharina Epprecht
EDITORA Civilização Brasileira
QUANTO R$ 62,90 (413 págs.)

Link da Folha de São Paulo sobre o livro: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1208483-pesquisa-aborda-a-origem-do-conforto.shtml

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