Ode a Loucura

Aprendi a amar os loucos
Compreendi
Depois de profundo preconceito e ignorância
Que só os loucos sabem

Elogio a loucura
Porque são os loucos que sobrevivem
Os loucos não precisam perder a razão
Loucos fazem
Loucos têm emoção

Espero um dia presenciar uma situação
Em que chamar alguém de burocrata
Seja um palavrão maior
Do que 'Filho de uma Puta''
Há nobreza nas putas, coragem

Os loucos sabem antes
Os loucos cantam
E, qualquer tipo de louco
Têm o meu respeito
Seja o louco natural, ou o louco por acidente
Têm minha sincera compaixão

Loucos não são obedientes
Eles apenas têm a sua própria forma
A 'ciência' deles
Não adianta proibir nada
Proibir é induzir
Proibir é seduzir

Já viu equação sem variável?
Esses pobres cientistas
Procuram suas variáveis
Nas experiências mais aviltantes
Nas mais corajosas
Naquelas mais contraditórias

Se existe nobreza em Puta
O que existe em um burocrata?
Loucos facilitam
Loucos escutam
Não obedecem, mas escutam
Loucos não criam obrigações
Porque deixam ser e se ser
Há docilidade na loucura

Não sou conservador
Tenho medo
Medo de ficar tanto em conserva e me tornar uma azeitona
Verde e manchada
Azeitonas assim, dormem pouco
Obedecem muito e mandam o dobro
Se não mandam, é o que querem
Que almejam

Loucos jamais formariam uma fileira, ou um pote
Formam, com loucos, manicômios
Tadinho dos loucos
Ser louco
Ainda é pouco

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