Plástico e sustentabilidade

Não sei o que me fez despertar tanta curiosidade no plástico. Sua composição, transformação, e principalmente, sobre como o plástico pode nos ajudar a conseguir um futuro melhor, para nós e para o planeta.
Vejo um futuro com mais plástico do que podemos imaginar. Claro que os carros em fibra de vidro do saudoso Amaral Gurgel não foram sucesso, mas existem componentes que são mesmo de difícil substituição e também aceitação da sociedade consumidora.
O que penso é em uma melhoria contínua do processo, desde a obtenção da matéria prima, através de meios cada vez mais sustentáveis, assim como na transformação do plástico, fazendo da reciclagem algo cada vez mais presente.
As novas máquinas econômicas (puramente elétricas ou servo-controladas), também serão unanimidade. Com uma economia de energia de até 80% em relação às conhecidas máquinas puramente hidráulicas, as elétricas estarão cada vez mais presentes nas empresas transformadoras de plásticos no mundo todo. Algumas empresas já substituíram todo o seu parque fabril por esse tipo de máquina injetora, mas o foco não é sustentabilidade, e sim a alavancagem do lucro.
Acredito que se a sociedade melhorar o hábito da reciclagem, todo o setor melhorará em conjunto. Mas, para que isso acontecesse com excelência, o valor agregado no nosso "lixo" deveria ser muito mais atrativo.
Por exemplo, eliminar as sacolas plásticas dos pegue-pagues não é nenhuma solução sustentável, é apenas política! O que se deve fazer de fato é estabelecer pontos de coleta seletiva nos centros de distribuição, mercados e lugares planejados para tal, além de agregar um valor sobre esses resíduos, se quisermos despertar o interesse da população em reciclar.
Com a implantação deste simples sistema de feedback sobre os resíduos gerados por um cidadão, sem dúvidas que o Brasil estaria na frente de muitos países desenvolvidos e vários novos mercados iriam surgir na economia, além de como alguns dos resultados, teríamos nossas ruas mais limpas e geraríamos muitos empregos no setor.
O preconceito com o lixo deve acabar, pois se estima que todos os anos jogamos R$700.000.000,00 por ano nos aterros sanitários, sendo que tudo poderia ter destino certo!
Essa foi a principal razão do surgimento deste meu gosto pelo plástico. Quando vi que os refugos da produção iam para a moagem e de lá voltavam à fabrica, achei algo surpreendente, sustentável e lucrativo. Certeza de que disso sai algo muito melhor para todos!  

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