Minha Visão e a Cirurgia Refrativa a Laser
Olá!
Operar ou não operar as vistas? Deixar ou não deixar os óculos de lado? Não tenho dúvidas que essa não é apenas a minha grande dúvida (ou uma delas). Ela é uma dúvida de muitas pessoas.
Vou falar um pouco a respeito de toda a minha experiência com o uso de óculos e sobre o meu histórico de exames para fazer a cirurgia de correção.
Comecei a usar óculos aos 10 anos, por conta de queixas feitas à minha mãe sobre a dificuldade que eu tinha de enxergar o que a professora escrevia na lousa.
Minha adaptação com os óculos foi instantânea: como o meu pai e todas as suas irmãs sempre usaram óculos, eu meio que percebi que o meu destino também seria aquele.
Tenho o meu primeiro par de óculos até hoje, guardadinho. Seus arranhões e suas marcas me fazem lembrar de uma história de mais de 5 anos de uso.
Minha adaptação com os óculos foi instantânea: como o meu pai e todas as suas irmãs sempre usaram óculos, eu meio que percebi que o meu destino também seria aquele.
Tenho o meu primeiro par de óculos até hoje, guardadinho. Seus arranhões e suas marcas me fazem lembrar de uma história de mais de 5 anos de uso.
Comecei com uma dificuldade grande para enxergar de longe. No meu primeiro exame de vista, descobri que eu tinha astigmatismo e miopia (esse exame foi horrível, dilatar as pupilas quando se é criança é ainda pior). Se não me engano, fiquei com 1,15º de miopia no olho esquerdo, e o meu olho direito estava normal. Foi pouco, mas necessário, porque eu tinha astigmatismo, e as lentes me ajudaram muito a focar na lousa (me ajudaram a ser um fantoche melhor).
Depois de uns 3 anos (na verdade, depois de muito Super Nintendo e Playstation), fiquei com 1,25º de miopia no meu olho esquerdo, e ainda nada no meu olho direito.
Ao entrar no SENAI que as coisas pioraram: 1,50º no olho esquerdo, 1,15º no olho direito. Eu tinha 15 anos. No SENAI, as lousas eram brancas, e foi a primeira vez que tive aula em uma lousa que não tinha pó. Foi quando percebi, em meio aos finos traços das canetas dos professores, que meus óculos precisavam de lentes novas.
Aos dezoito anos, a piora foi ainda mais perceptível: comecei a andar de moto, e percebi que eu tinha uma dificuldade muito grande para ler as placas de trânsito que estavam a uma distância de uns 20 metros, aproximadamente. No exame, descobri que fui para 2,00º no olho esquerdo e que o meu olho direito continuava estável. Depois de 2 anos, fui para 2,50º no olho esquerdo e 1,50º no olho direito.
Aos 23 anos, depois de muito MSN, Orkut, Xvideos Facebook e muita leitura em telas de vários tamanhos, alcancei 3º no olho esquerdo e 1,75º no olho direito.
Hoje, com 26 anos, meu olho esquerdo continua estável, e o meu olho direito está estável há pouco mais de 2 anos, com 2º.
Se traçarmos uma tabela, teremos essa relação:
Idade | Olho Direito | Olho Esquerdo |
10 anos | 1,15º | Normal |
11 anos | 1,15º | Normal |
12 anos | 1,15º | Normal |
13 anos | 1,25º | Normal |
14 anos | 1,25º | Normal |
15 anos | 1,5º | 1,15º |
16 anos | 1,5º | 1,15º |
17 anos | 1,5º | 1,15º |
18 anos | 2,0º | 1,15º |
19 anos | 2,0º | 1,15º |
20 anos | 2,5º | 1,5º |
21 anos | 2,5º | 1,5º |
22 anos | 2,5º | 1,5º |
23 anos | 3,0º | 1,75º |
24 anos | 3,0º | 1,75º |
25 anos | 3,0º | 2,00º |
26 anos | 3,0º | 2,00º |
Gráfico que representa a curva de evolução da minha miopia |
Enfim, diante de amigos que têm mais de 5º de miopia, vejo que as minhas vistas não ficaram tão ruins, e, até que sem óculos eu ainda sobrevivo. Na minha CNH não consta a necessidade de lentes corretivas!
Já há 2 anos, venho realizando exames de vista trimestrais para verificar se eu estou com os meus graus de miopia estáveis, e, sim, estou!
Já pesquisei muito, na Internet e fora dela, sobre os métodos de cirurgia refrativa, o pós-operatório e seus efeitos a longo prazo. Como conclusão, devo dizer uma coisa: sou bem cético quanto a essa cirurgia, independente do método. Vou explicar um pouco o porquê logo abaixo, mas antes vou dizer o que escutei de pessoas que fizeram a cirurgia.
Não quero explicar aqui o que e como são os métodos da cirurgia (LASIK ou PRK). Deixarei links abaixo que falam sobre eles, porque eu não tenho responsabilidade médica para explicar essas questões. A minha questão é se a cirurgia vale a pena, não só esteticamente, mas também a longo prazo.
Alguns colegas de trabalho fizeram a cirurgia, uns há mais de 10 anos, outros recentemente e, um deles, já fez a cirurgia 3 vezes. Na faculdade, alguns colegas fizeram a cirurgia também.
Comentários positivos: Sensação de liberdade, não necessidade de óculos, qualidade da visão para enxergar de longe, e alguns falaram que, depois que fizeram a cirurgia, começaram a abrir mais os olhos e ficaram com uma aparência melhor. Estética sempre é um ponto muito importante para quem faz a cirurgia de correção.
Comentários negativos: Dificuldade para enxergar no escuro e a noite, fadiga visual ao focar, incômodo nos olhos durante o período pós-operatório, necessidade de uso do colírio, sensibilidade ao vento e ao frio, sensibilidade a luz, dificuldade para enxergar de perto (efeito colateral conhecido, que vem com o passar do tempo).
O comentário negativo que mais me deixou perplexo foi sobre a dificuldade para enxergar e durante a noite. Ando muito durante a noite, e ando de moto, ou seja, recebo vento constantemente nos olhos, além de fachos de luz, provenientes de faróis ilegais dos automóveis e motocicletas de nossos irmãos cidadãos e motoristas. Fico pensando: e se eu fizer a cirurgia, e receber uma "farolada" de xenon bem nos olhos, durante a noite. Conseguirei enxergar o veículo da frente? Estarei em situação de perigo?
Sobre a necessidade de colírio, é óbvio: a cirurgia "usina" a superfície do seu olho, e, com isso, você acaba tendo a lubrificação dos olhos prejudicada. Se for colocado na ponta do lápis o custo vitalício com colírio (usando, no mínimo, 3x ao dia) já temos mais um ponto negativo para a cirurgia.
Mas o cerne do meu ceticismo sobre a cirurgia vem da necessidade de lentes corretivas para enxergar de perto... Usar óculos para longe, até vai, posso retirá-lo e não tropeçarei, nem baterei em alguém porque não vi a pessoa, mas, o uso de óculos para perto, me assusta. Imagine eu, depois de ter feito a cirurgia, passar a não enxergar a tela do celular, as folhas do livro, o rosto das pessoas... Muito complicada a questão.
Durante os meus dois últimos anos, analisei a possibilidade de fazer a cirurgia de correção, fiz exames para verificar se estaria apto e visitei duas grandes clínicas aqui da região do ABCD Paulista: A Cerpo (www.cerpo.com.br) e a Laser Ocular (www.laserocular.com.br).
Fui muito bem atendido nas duas clínicas, mas sempre fui com maior frequência na Cerpo, por conta da proximidade.
Sempre conversei bastante com os médicos. Na Laser Ocular, o Doutor Fernando Tarcha me atendeu muitíssimo bem, e respondeu todas as minhas dúvidas. Na Cerpo, que é a clínica que eu frequento com mais frequencia, o Doutor Emerson Morishita me atendeu também muitíssimo bem, e também respondeu a todas as minhas dúvidas. Fiquei sabendo que não existe 'idade para a cirurgia', e, em alguns casos, nem tanto a estabiliazação do grau de miopia. O mais importante é a espessura da córnea do paciente, que é garantia de uma cirurgia mais segura e com menos efeitos colaterais (procure um médico e tire todas as suas dúvidas. Não confie na Internet quando o assunto é Saúde).
Fazer ou não fazer a cirurgia? Bom, essa é uma questão que é muito pessoal. Se os seus óculos te enchem o saco, faça. Se você se adaptou com eles, prática e estéticamente e tem receio dos efeitos colaterais que podem vir a ocorrer, busque mais segurança para realizar a cirurgia (é o que ainda estou fazendo). Se mesmo assim você não se sentir seguro, não opere.
Informação nova:
Além dos métodos LASIK e PRK, existe um novo método, que promete uma combinação das duas tecnologias, como ilustra a imagem acima. Nenhuma das clínicas que visitei possui esta tecnologia. Vamos aguardar...
Recomendações de leitura:
LASIK ou PRK - http://www.medicodeolhos.com.br/2010/06/lasik-ou-prk.html
Método SMILE - http://www.portaldaoftalmologia.com.br/site/site2010/index.php?option=com_content&view=article&id=2162:smile-nova-tecnica-de-cirurgia-refrativa-e-a-opcao-menos-invasiva-e-mais-segura&catid=41:noticias&Itemid=77
O comentário negativo que mais me deixou perplexo foi sobre a dificuldade para enxergar e durante a noite. Ando muito durante a noite, e ando de moto, ou seja, recebo vento constantemente nos olhos, além de fachos de luz, provenientes de faróis ilegais dos automóveis e motocicletas de nossos irmãos cidadãos e motoristas. Fico pensando: e se eu fizer a cirurgia, e receber uma "farolada" de xenon bem nos olhos, durante a noite. Conseguirei enxergar o veículo da frente? Estarei em situação de perigo?
Sobre a necessidade de colírio, é óbvio: a cirurgia "usina" a superfície do seu olho, e, com isso, você acaba tendo a lubrificação dos olhos prejudicada. Se for colocado na ponta do lápis o custo vitalício com colírio (usando, no mínimo, 3x ao dia) já temos mais um ponto negativo para a cirurgia.
Mas o cerne do meu ceticismo sobre a cirurgia vem da necessidade de lentes corretivas para enxergar de perto... Usar óculos para longe, até vai, posso retirá-lo e não tropeçarei, nem baterei em alguém porque não vi a pessoa, mas, o uso de óculos para perto, me assusta. Imagine eu, depois de ter feito a cirurgia, passar a não enxergar a tela do celular, as folhas do livro, o rosto das pessoas... Muito complicada a questão.
Durante os meus dois últimos anos, analisei a possibilidade de fazer a cirurgia de correção, fiz exames para verificar se estaria apto e visitei duas grandes clínicas aqui da região do ABCD Paulista: A Cerpo (www.cerpo.com.br) e a Laser Ocular (www.laserocular.com.br).
Fui muito bem atendido nas duas clínicas, mas sempre fui com maior frequência na Cerpo, por conta da proximidade.
Sempre conversei bastante com os médicos. Na Laser Ocular, o Doutor Fernando Tarcha me atendeu muitíssimo bem, e respondeu todas as minhas dúvidas. Na Cerpo, que é a clínica que eu frequento com mais frequencia, o Doutor Emerson Morishita me atendeu também muitíssimo bem, e também respondeu a todas as minhas dúvidas. Fiquei sabendo que não existe 'idade para a cirurgia', e, em alguns casos, nem tanto a estabiliazação do grau de miopia. O mais importante é a espessura da córnea do paciente, que é garantia de uma cirurgia mais segura e com menos efeitos colaterais (procure um médico e tire todas as suas dúvidas. Não confie na Internet quando o assunto é Saúde).
Fazer ou não fazer a cirurgia? Bom, essa é uma questão que é muito pessoal. Se os seus óculos te enchem o saco, faça. Se você se adaptou com eles, prática e estéticamente e tem receio dos efeitos colaterais que podem vir a ocorrer, busque mais segurança para realizar a cirurgia (é o que ainda estou fazendo). Se mesmo assim você não se sentir seguro, não opere.
http://www.zeiss.com/meditec/en_de/c/smile/smile-the-3-rd-generation-of-laser-vision-correction/_jcr_content/mainpar/corpimageml/image.img.png/1447262746620.png/smile-3-generation.png |
Além dos métodos LASIK e PRK, existe um novo método, que promete uma combinação das duas tecnologias, como ilustra a imagem acima. Nenhuma das clínicas que visitei possui esta tecnologia. Vamos aguardar...
Recomendações de leitura:
LASIK ou PRK - http://www.medicodeolhos.com.br/2010/06/lasik-ou-prk.html
Método SMILE - http://www.portaldaoftalmologia.com.br/site/site2010/index.php?option=com_content&view=article&id=2162:smile-nova-tecnica-de-cirurgia-refrativa-e-a-opcao-menos-invasiva-e-mais-segura&catid=41:noticias&Itemid=77
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