Imparcialidade
O que será um blog se não um canal para a pura, simples e direta expressão de nossas opiniões? O blog já possui em si mesmo esse propósito, que deve ser utilizado pelos cidadãos em uma democracia. Não só um blog qualquer, mas todo canal público e disponível para todos na internet deve ter esse propósito. Isso significa que canais de comunicação assim são imparciais, deixando para quem escreve os seus posts a livre exposição de suas ideias, opiniões, críticas e tudo o que der na mente de um blogueiro. Depois de "tantos anos de internet", sabemos o que pode surgir dessas cabecinhas...
Uma vez escutei o Sílvio Santos dizer que o apresentador de telejornal não deveria fazer nada além de expor a notícia, sem expor a sua opinião. Para ele, a opinião do jornalista ou do próprio jornal deveria ser transmitida em um quadro separado da apresentação das notícias, como comumente vemos, por exemplo e por coincidência, nos telejornais do canal SBT.
Se entrarmos nos problemas que as vezes essas opiniões causam (Rachel Sherazade que o diga) podemos afirmar que elas geram esse impacto justamente por serem parciais, por 'formar uma opinião'. Será a formação de opinião um propósito de todo jornal/telejornal, ou se tornaram assim com o tempo e tendem a mudar com o mercado e com a política?
Em uma sociedade que não tem capacidade de criticar pela simples razão aquilo que passa pelos seus sentidos, quadros intitulados como 'opinião' têm uma força muito além do que teria em nações mais educadas e consequentemente mais desenvolvidas.
Podemos aplicar o mesmo princípio a religião. A religião ela é, em sua natureza, parcial: cada uma com seus costumes, conceitos, deuses, danças, indumentarias, músicas, santos, castigos e tudo o mais. O que as pessoas fazem é uma escolha por qual religião ou crença irão seguir/simpatizar, porque é apenas esse tipo de informação que receberam (e ainda recebem) desde que se conhecem como pessoa. São muito poucos os religiosos que seguem uma religião porque chegaram nesse caminho pela 'revelação de sua razão' (para Lutero, "Deus se revela no homem por intermédio da luz natural de sua razão"). Por essa razão que quando mergulhamos profundamente na filosofia, que é imparcial, chegamos a religião, mas tudo isso em busca de uma 'verdade real'.
Se a palavra de ordem de nossa sociedade contemporânea não fosse 'agilidade', 'velocidade', 'flexibilidade', ou qualquer uma do gênero de um mundo expresso, e fosse simplesmente 'realidade', as opiniões seriam mais diretas, menos evasivas, verdadeiras e emancipadoras. Como falarei o que penso com tanta tranquilidade de algo/alguém que paga o meu salário?
Sofremos um grave choque de imparcialidade em todo o mundo. No Brasil conhecemos o extremo dessa deficiência, como por exemplo quando nos deparamos com um juiz de direito que não respeita as leis de trânsito e ainda processa a agente de trânsito por desacato, como se literalmente ele fosse um Deus. Não o é. Se formos justos pelo meio, um juiz deveria ser um modelo vivo e prático de civilidade, respeito e temperança, não se fazendo autoridade nunca, a não ser durante o exercício de seu ofício de juiz.
#juiznaoehdeus - Leia a notícia: http://extra.globo.com/noticias/rio/agente-condenada-por-dizer-que-juiz-nao-deus-nao-se-arrepende-faria-tudo-de-novo-14461827.html
Deveríamos imaginariamente sempre "usar branco", como o faz o cientista, o médico, o pesquisador e muitos outros profissionais que precisam de extrema imparcialidade para alcançar um resultado de sucesso no seu trabalho, pois caso o contrário, vidas poderão ser perdidas. Nesse sentido, o branco não significa higiene. Na verdade, muito pelo contrário: o branco significa imparcialidade. Imparcialidade para que nenhum fator externo impacte no resultado de uma cirurgia, por exemplo. Imparcialidade para representar a busca pela verdade real das pesquisas, e assim gerar bem estar social. Imparcialidade para ouvir. Imparcialidade para julgar.
Vamos usar mais branco quando trocarmos ideias com os nossos amigos. Vamos usar mais o branco quando decidirmos nossos caminhos antes incertos. Vamos empunhar a bandeira da dúvida e sair juntos na busca pelo o que é certo pelo meio, e não pelos lados. Vamos escutar uns aos outros e nos reunir em busca de um caminho de paz. Vamos deixar que as opiniões sejam formadas sobre o alicerce da verdade pura, sem tendências. Vamos deixar de ser servis e sermos soberanos! Vamos buscar esse "impossível"real, aqui na terra. Essa deve ser a nossa meta, mesmo sendo uma utopia. Doce utopia.
Uma vez escutei o Sílvio Santos dizer que o apresentador de telejornal não deveria fazer nada além de expor a notícia, sem expor a sua opinião. Para ele, a opinião do jornalista ou do próprio jornal deveria ser transmitida em um quadro separado da apresentação das notícias, como comumente vemos, por exemplo e por coincidência, nos telejornais do canal SBT.
Se entrarmos nos problemas que as vezes essas opiniões causam (Rachel Sherazade que o diga) podemos afirmar que elas geram esse impacto justamente por serem parciais, por 'formar uma opinião'. Será a formação de opinião um propósito de todo jornal/telejornal, ou se tornaram assim com o tempo e tendem a mudar com o mercado e com a política?
Em uma sociedade que não tem capacidade de criticar pela simples razão aquilo que passa pelos seus sentidos, quadros intitulados como 'opinião' têm uma força muito além do que teria em nações mais educadas e consequentemente mais desenvolvidas.
Podemos aplicar o mesmo princípio a religião. A religião ela é, em sua natureza, parcial: cada uma com seus costumes, conceitos, deuses, danças, indumentarias, músicas, santos, castigos e tudo o mais. O que as pessoas fazem é uma escolha por qual religião ou crença irão seguir/simpatizar, porque é apenas esse tipo de informação que receberam (e ainda recebem) desde que se conhecem como pessoa. São muito poucos os religiosos que seguem uma religião porque chegaram nesse caminho pela 'revelação de sua razão' (para Lutero, "Deus se revela no homem por intermédio da luz natural de sua razão"). Por essa razão que quando mergulhamos profundamente na filosofia, que é imparcial, chegamos a religião, mas tudo isso em busca de uma 'verdade real'.
Se a palavra de ordem de nossa sociedade contemporânea não fosse 'agilidade', 'velocidade', 'flexibilidade', ou qualquer uma do gênero de um mundo expresso, e fosse simplesmente 'realidade', as opiniões seriam mais diretas, menos evasivas, verdadeiras e emancipadoras. Como falarei o que penso com tanta tranquilidade de algo/alguém que paga o meu salário?
Sofremos um grave choque de imparcialidade em todo o mundo. No Brasil conhecemos o extremo dessa deficiência, como por exemplo quando nos deparamos com um juiz de direito que não respeita as leis de trânsito e ainda processa a agente de trânsito por desacato, como se literalmente ele fosse um Deus. Não o é. Se formos justos pelo meio, um juiz deveria ser um modelo vivo e prático de civilidade, respeito e temperança, não se fazendo autoridade nunca, a não ser durante o exercício de seu ofício de juiz.
#juiznaoehdeus - Leia a notícia: http://extra.globo.com/noticias/rio/agente-condenada-por-dizer-que-juiz-nao-deus-nao-se-arrepende-faria-tudo-de-novo-14461827.html
Deveríamos imaginariamente sempre "usar branco", como o faz o cientista, o médico, o pesquisador e muitos outros profissionais que precisam de extrema imparcialidade para alcançar um resultado de sucesso no seu trabalho, pois caso o contrário, vidas poderão ser perdidas. Nesse sentido, o branco não significa higiene. Na verdade, muito pelo contrário: o branco significa imparcialidade. Imparcialidade para que nenhum fator externo impacte no resultado de uma cirurgia, por exemplo. Imparcialidade para representar a busca pela verdade real das pesquisas, e assim gerar bem estar social. Imparcialidade para ouvir. Imparcialidade para julgar.
Vamos usar mais branco quando trocarmos ideias com os nossos amigos. Vamos usar mais o branco quando decidirmos nossos caminhos antes incertos. Vamos empunhar a bandeira da dúvida e sair juntos na busca pelo o que é certo pelo meio, e não pelos lados. Vamos escutar uns aos outros e nos reunir em busca de um caminho de paz. Vamos deixar que as opiniões sejam formadas sobre o alicerce da verdade pura, sem tendências. Vamos deixar de ser servis e sermos soberanos! Vamos buscar esse "impossível"real, aqui na terra. Essa deve ser a nossa meta, mesmo sendo uma utopia. Doce utopia.
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