Ser tratado como um delinquente ( O título seria: ser tratado como um adolescente, #masnão).

Ontem passei por uma situação vexatória na Universidade Metodista de São Paulo, no campus do bairo Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. Este é o meu 6º ano, praticamente, estudando na Metodista, e nunca vi acontecer nada parecido: Fui OBRIGADO a não assistir a segunda aula.
Segundo a professora, que apesar de a considerar extremamente profissional, reconheço o abuso de autoridade, eu tinha chegado depois das 21:35, horário do qual a ela tinha dito no primeiro momento da aula trancaria a porta (ninguém entraria e ninguém sairia, nem para ir ao banheiro). Como, felizmente, eu tenho o costume de gravar as aulas em áudio, pude ouvir e comprovar os horários para os colegas, e ainda rolou uma máxima da professora, dizendo:
 - Como eu sou muito da boazinha, deixarei entrar até às 21:35.
Para mim sem problemas. Sabia que eu não chegaria atrasado, porque esta é uma aula importante e todos da sala se adiantam.
Print do site horacerta.com.br, no momento em que eu estava em frente a sala. Obs.: Demorei aprox. 1 minuto para conectar à Internet no meu smartphone. 
Às 21:27, minhas amigas foram para a sala, e eu fui usar o toillette para lavar as mãos, porque tinha acabado de comer (muita fila no centro de convivência, por sinal), e também porque tenho hiperhidrose nas mãos, e iria sair com um pedaço de toalha de papel.
Cheguei em frente a sala às 21:31, e a porta estava cerrada e diante de mim, do outro lado da porta, estava a professora, com um tom doutrinário e sancionista, dizia à sala que 'avisou' e que não iria voltar atrás. Alguns alunos, repito: alguns alunos, se manifestaram, dizendo que seu analógico relógio de pulso estava adiantado, e que ainda não eram 21:35. Neste interim, estava eu e minha outra colega, que coincidentemente chegamos praticamente juntos, e não pudemos adentrar à sala e tomar nossos acentos, que estavam com nossos materiais escolares e pertences pessoais.
Mesmo com o aviso dos poucos colegas, a professora não fez nada para mudar a situação, e não houve conversa: da Pré-escola, passando pelo ginásio, colegial, bacharelado, pós-graduação e diversos cursos, fiquei pela primeira vez segregado, humilhado e em uma situação vexatória, e também com uma grande ironia do destino - em um curso de Direito.
Se eu estivesse errado, seria o primeiro a sair e reconhecer que cheguei atrasado e que eu não tinha argumentos, mas o problema é que o relógio da professora estava errado SIM, e ela, não obstante, não reconheceu o mero erro dos poucos minutos que os ponteiros do seu pequeno relógio de pulso marcavam. Depois que eu vi que ninguém saiu em consideração, e que não haveria a nossa entrada, realmente fiquei triste e percebi que ninguém foi capaz de se manifestar diante de uma pequena injustiça contra um colega de classe, uma pessoa que independente de conhecê-la, para muito caro pelo curso, assim como a grande maioria da sala. Tive que ouvir ainda:
- Professora, o problema ficou lá fora, toca ai!
Nessa hora o meu fígado se retorceu, e fiquei horrorisado com a tirania dos colegas.
Entendo a situação da professora: diante de uma turma inconsequente, sem horários e sem ordenamento, é compreensível que essa medida fosse tomada. O que ninguém conseguiu entender foi a extrema falta de bom senso por parte da professora, além da sônica informação de que 'o relógio dela era correto', e de que não mudaria a sua decisão.
Quando me dirigi à professora, fui educado e recebi de resposta:
- Não está satisfeito, procure a coordenação.
E ainda levei uma tremenda chamada sobre minha assiduidade:
- Você tem que prestar atenção na sua pontualidade.
Me senti um lixo...
Minha condição de aluno não existiu, tão pouco minha condição de cliente (pagamos caro, com um retorno pífio e aulas em formato ditatorial e anti-modernista).
Espero um dia complementar este post com mais detalhes... Fui...

É o silêncio dos justos que faz prevalecer o barulho da injustiça.

Carisma
Belchior

Deu a vida pelos seus:
isto é mais forte que a morte,
mais importante que Deus;
que Deus e o Mundo;
que Deus e todo mundo.

Sua voz, morta, ainda canta;
ainda espanta o mau agouro,
nessa terra, onde o silêncio,
literalmente, é de ouro.

Eu nasci lá, numa terra,
onde o céu é o próprio chão.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 - Art. 5º:

Liberdade de consciência e de crença; liberdade de associação para fins lícitos; liberdade de pensamento; liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação; liberdade de trabalho, ofício ou profissão; liberdade de locomoção; liberdade de informação, entre outros.
Fonte: http://tempojuridico.blogspot.com/2011/05/livre-arbitrio.html

Autoridades
Capital Inicial

(Refrão)
Vou denunciar autoridades incompetentes
Eu vou denunciar autoridades incompetentes

(2x)
Eu quero antes te dizer
Ninguém sabe o que pode te acontecer

(Refrão)

Ameaça aos privilégios
Você será detido e encostado na parede
É a ordem no progresso
Um jogo imoral
Que não mede consequências

(2x)
Autoridades incompetentes
Acham que vocês não passam de fantoches
Bonecos para brincar
Bonecos para brincar
Autoridades incompetentes
Sabem que vocês estão em fila
E a fila não incomoda
A fila não incomoda

A fila não incomoda

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