Não seja Leão de Chácara
"Não faço as leis, apenas cumpro-as". Ouço essas frases algumas vezes durante a semana de trabalho no ambiente corporativo, e faço um contra-ponto com o julgamento dos nazistas pelos seus crimes bárbaros, que eram legitimamente protegidos pelo ordenamento jurídico vigente na Alemanha naquela época.
Nos tribunais pós segunda-guerra, a exemplo do tribunal de Nuremberg, onde os nazistas eram julgados (generais, comandantes, enfim, altas-patentes), todos, sem excessão, diziam que 'fizeram o que o mandaram fazer', 'apenas cumpriram com o trabalho deles', 'fizeram a sua obrigação'.
Se é para fazermos a nossa obrigação, seguirmos procedimentos 'quadrados' e ainda usar isso como desculpa, de que vale a nossa razão? Por quê nascemos com o poder de questionar as coisas?
A corrida pelo dinheiro e pelo sucesso ignora a razão pura: As ações dependem do benefício o qual gerarão, o famoso 'depende do freguês', como Raul Seixas nos lembra em "Metro linha-743": "Eu avalio o preço me baseando no nível mental / Que você anda por aí usando...". A essência de nada importa: "o que importa é se estou fazendo o que me pediram, para que eu tenha a minha recompensa e seja tido como obediente, ou para que eu ganhe o meu salário, ou porque preciso agradar à alguém. Dane-se se te prejudiquei, fiz o meu trabalho, minha incumbência, minha obrigação".
Ignoramos a essência das coisas, o nosso próprio artifício da razão, para agir mecanicamente.
O que você acha disso? Você pensa a respeito das ordens que obedece?
Nos tribunais pós segunda-guerra, a exemplo do tribunal de Nuremberg, onde os nazistas eram julgados (generais, comandantes, enfim, altas-patentes), todos, sem excessão, diziam que 'fizeram o que o mandaram fazer', 'apenas cumpriram com o trabalho deles', 'fizeram a sua obrigação'.
Se é para fazermos a nossa obrigação, seguirmos procedimentos 'quadrados' e ainda usar isso como desculpa, de que vale a nossa razão? Por quê nascemos com o poder de questionar as coisas?
A corrida pelo dinheiro e pelo sucesso ignora a razão pura: As ações dependem do benefício o qual gerarão, o famoso 'depende do freguês', como Raul Seixas nos lembra em "Metro linha-743": "Eu avalio o preço me baseando no nível mental / Que você anda por aí usando...". A essência de nada importa: "o que importa é se estou fazendo o que me pediram, para que eu tenha a minha recompensa e seja tido como obediente, ou para que eu ganhe o meu salário, ou porque preciso agradar à alguém. Dane-se se te prejudiquei, fiz o meu trabalho, minha incumbência, minha obrigação".
Ignoramos a essência das coisas, o nosso próprio artifício da razão, para agir mecanicamente.
O que você acha disso? Você pensa a respeito das ordens que obedece?
Não seja leão-de-chacará!
Questione, pense, pergunte, fale. Pense na empatia, no conceito da ação. O Leão-de-Chácara age por impulsos de ignorância e de vaidade. O homem racional age por amor, no sentido mais sério e simples que essa palavra possa significar. Só com amor que sabemos o que é prudente, o que é certo por essência.
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