O "Problema" do Plástico (Lixo)

11 de Junho de 2020

É incrível quanto mais "abastado", mais rico o lugar, mais desperdício.
Já escrevi sobre isso em um post bem antigo que não vou me dar ao trabalho de procurar agora, porque quero apenas escrever.
Coloquei a palavra 'problema' entre aspas no título porque, para as grandes elites, o lixo não é, verdadeiramente, um problema.
Simplesmente, enterramos o nosso lixo. Nem 1% chega a ser reciclado, nem o que é reciclável. O lixo é enterrado porque, nada me tira isso da cabeça e agora vou apenas emitir uma opinião, é interessante para as elites que dominam o estado.
Enterrar lixo significa enterrar dinheiro. A contaminação do solo e dos lençóis freáticos são coisas secundárias para as elites.
Não importa  a quantidade de lixo enterrado por séculos. Não importa a quantidade de lixo nos rios, mares, no oceano. Não importa a quantidade de animais mortos por causa do lixo.
As vezes fico engatado em pensamentos que não me dão sossego. Um dos muitos temas destes pensamentos é o plástico. Fico pensando por horas no problema do plástico e como deixamos o nosso planeta repleto de disto. Penso em como tratamos com indiferença a poluição que o plástico causa.
Trabalho direta e indiretamente com plástico desde o início da minha vida profissional. Conheço como funciona o processo de transformação da resina plástica em plástico granulado e conheço o processo de criação, desenvolvimento e produção de produtos em plástico. Sendo todos estes produtos com plásticos de engenharia, produtos técnicos.
O aproach que vejo nas engenharias e centros de desenvolvimento de montadoras é muito básico: se podemos usar, vamos utilizar, independentemente do impacto ambiental.
A cena que vemos sempre por aí sobre a poluição do plástico é sempre a mesma: garrafas, embalagens de comida, copos, sacos plásticos... sempre jogados em meio a algum lamaçal, córregos, sarjetas, rios, beira da praia. Sempre a poluição que é mostrada é esta.
Como se o problema fosse diminuído. Lamentável.
Nada se fala dos párachoques, das lanternas, dos painéis de instrumentos, dos faróis utilizados nos bilhares de veículos pelo mundo afora. 
Não se fala das carcaças de equipamentos eletrônicos, celulares, televisores, móveis e até mesmo roupas e calçados, que uma hora ou outra virarão lixo, vão todos para o mesmo lugar.
Tudo tende a entropia. Mas, e este prazo?
Parece que uns tendem a virar pó primeiro que os outros. Nessa ordem, somos um dos primeiros.
Já sabendo disso, por quê o ser humano não para com esta lógica absurda de produção consumista e poluidora?
Se estamos por aqui, mesmo que de passagem, e, quando acabar, acabou: morreremos todos. Então, porquê não fazer deste mundo um lugar melhor?

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