Desaprendendo
Bom pessoal;
O título deste post se dá por motivos profissionais.
Há 1 ano atrás, trabalhava eu em um lugar que todos os dias, literalmente, aprendia alguma coisa realmente produtiva, tanto no pessoal, quanto no profissional.
Ganhava menos, trabalhava mais, fazia coisas além da minha função, simplesmente por que fazia parte do processo de trabalho da empresa, não e nunca para me sobressair.
Trabalhava com pessoas muito mais humildes, que realmente dão muito mais valor ao que ganham, e ao seu trabalho, em relação as pessoas em que eu convivo no trabalho atualmente.
Existia uma "causa" além do salário. Trabalhávamos para de fato ver a fábrica crescer e queríamos crescer junto com ela. E era o que acontecia (atualmente, parece que permanece neste ritmo).
Na empresa atual, pelo fato de possuir mais de 5.000 funcionários (ou colaboradores), possuir fábricas em diversos cantos do planeta, e ser mundialmente conhecida, a impressão que tenho é que uma boa parte das pessoas que trabalham para ela "só querem saber dos dias de pagamento", "estão pouco se lixando pela sua parte no trabalho", e muitas querem apenas "status".
Definição de status neste contexto: "STATUS é comprar uma coisa que você não quer, com um dinheiro que você não tem, para mostrar para gente que não te conhece, uma pessoa que você não é."
As pessoas fazem a mesma coisa com os seus empregos, seus estudos... Somos literalmente hipócritas.
Mas, de volta ao foco, uma empresa desta ainda se mantém, e até que muito bem, penso eu que isso se dá por dois motivos principais:
Mão de obra terceira e mão de obra ociosa, pois se o serviço passa pela mão de três profissionais, geralmente cada um trabalha um pouco em seu turno, ou um trabalha pelos três, e de alguma forma o serviço é concluído. Isso acontece muito com a manutenção, por exemplo.
Estou satisfeito, não reclamo do meu emprego, agradeço muito por tê-lo conseguido, mas no começo sofri bastante pelo fato de ter vindo de um lugar com uma cultura organizacional muito diferente.
Repito: Estou satisfeito, com o que ganho, com a minha carga de trabalho, com o meu emprego. Mas quando penso na empresa como um todo, eu sei que poderia ser bem diferente, mesmo sendo de grande porte. Sinergia deveria ser algo muito comum por aqui.
Enfim, tive que me adequar ao meio para não ser excluído, e por essa razão estou desaprendendo.
Desaprendendo a simplicidade de trabalhar com humildes, desaprendendo a não ter medo de errar, desaprendendo a pensar nos colegas de trabalho e não apenas em mim, desaprendendo a ter qualquer um na fábrica como "igual" e não como "superior", desaprendendo a ser da forma como eu era.
Não me deixo levar por tudo o que citei acima. Me contradizendo, kkkkk...
De fato, tive que me adaptar ao meio, mas continuo o Fernando de sempre, porque não sou levado nem por "Status" e nem por ideais de terceiros. Disse o que disse para que vocês possam formalizar de uma melhor forma o meu ambiente de trabalho, e os meus amigos, que realmente passam pelo citado processo de desaprender.
Continuo desaprendendo sim, mas, em outros pontos... Não conheço da mesma forma as complexas máquinas injetoras que consertava, e nem com mecânica posso trabalhar, nem por curiosidade... Mas isso não me deixa para baixo, é só mais um motivo para me focar em eletrônica e informática, que são as minhas áreas de trabalho e estudo.
Não citei os nomes das empresas em questão, por motivos pessoais.
Abraço pessoal!
O título deste post se dá por motivos profissionais.
Há 1 ano atrás, trabalhava eu em um lugar que todos os dias, literalmente, aprendia alguma coisa realmente produtiva, tanto no pessoal, quanto no profissional.
Ganhava menos, trabalhava mais, fazia coisas além da minha função, simplesmente por que fazia parte do processo de trabalho da empresa, não e nunca para me sobressair.
Trabalhava com pessoas muito mais humildes, que realmente dão muito mais valor ao que ganham, e ao seu trabalho, em relação as pessoas em que eu convivo no trabalho atualmente.
Existia uma "causa" além do salário. Trabalhávamos para de fato ver a fábrica crescer e queríamos crescer junto com ela. E era o que acontecia (atualmente, parece que permanece neste ritmo).
Na empresa atual, pelo fato de possuir mais de 5.000 funcionários (ou colaboradores), possuir fábricas em diversos cantos do planeta, e ser mundialmente conhecida, a impressão que tenho é que uma boa parte das pessoas que trabalham para ela "só querem saber dos dias de pagamento", "estão pouco se lixando pela sua parte no trabalho", e muitas querem apenas "status".
Definição de status neste contexto: "STATUS é comprar uma coisa que você não quer, com um dinheiro que você não tem, para mostrar para gente que não te conhece, uma pessoa que você não é."
As pessoas fazem a mesma coisa com os seus empregos, seus estudos... Somos literalmente hipócritas.
Mas, de volta ao foco, uma empresa desta ainda se mantém, e até que muito bem, penso eu que isso se dá por dois motivos principais:
Mão de obra terceira e mão de obra ociosa, pois se o serviço passa pela mão de três profissionais, geralmente cada um trabalha um pouco em seu turno, ou um trabalha pelos três, e de alguma forma o serviço é concluído. Isso acontece muito com a manutenção, por exemplo.
Estou satisfeito, não reclamo do meu emprego, agradeço muito por tê-lo conseguido, mas no começo sofri bastante pelo fato de ter vindo de um lugar com uma cultura organizacional muito diferente.
Repito: Estou satisfeito, com o que ganho, com a minha carga de trabalho, com o meu emprego. Mas quando penso na empresa como um todo, eu sei que poderia ser bem diferente, mesmo sendo de grande porte. Sinergia deveria ser algo muito comum por aqui.
Enfim, tive que me adequar ao meio para não ser excluído, e por essa razão estou desaprendendo.
Desaprendendo a simplicidade de trabalhar com humildes, desaprendendo a não ter medo de errar, desaprendendo a pensar nos colegas de trabalho e não apenas em mim, desaprendendo a ter qualquer um na fábrica como "igual" e não como "superior", desaprendendo a ser da forma como eu era.
De fato, tive que me adaptar ao meio, mas continuo o Fernando de sempre, porque não sou levado nem por "Status" e nem por ideais de terceiros. Disse o que disse para que vocês possam formalizar de uma melhor forma o meu ambiente de trabalho, e os meus amigos, que realmente passam pelo citado processo de desaprender.
Continuo desaprendendo sim, mas, em outros pontos... Não conheço da mesma forma as complexas máquinas injetoras que consertava, e nem com mecânica posso trabalhar, nem por curiosidade... Mas isso não me deixa para baixo, é só mais um motivo para me focar em eletrônica e informática, que são as minhas áreas de trabalho e estudo.
Não citei os nomes das empresas em questão, por motivos pessoais.
Abraço pessoal!
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