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Carta para Pietro

     Oh meu filho... já são exatos 60 dias sem te ver, sem te ouvir. Sem estar no mesmo ambiente que você. Claro que você só poderá ler este texto quando souber ler "textos de adultos". Neste momento, você tem 5 aninhos, vai fazer 6 em mais um mês... e eu fui abrupta e criminalmente afastado de você.      Sou totalmente inocente. Sua genitora aprontou tudo isso em conversa com pessoas perversas e sendo orientada para retirar de mim a maior quantia financeira possível, além de outras vantagens, como estar morando no meu apartamento, e utilizando minhas coisas, muitas delas que eu adquiri antes do meu casamento.     Estou me controlando, sendo o homem que aprendi a ser. Estas medidas protetivas vieram como um luto em minha vida... eu não esperava. Mesmo tendo várias pessoas que me alertaram de que a sua genitora era capaz disso, eu jamais acreditei. E, aconteceu. Mais uma vez fui sincero com alguém, e, enganado. Tudo pelo fruto do suor do meu trabalho. Porque, você bem sabe que

Não gosto de igrejas evangélicas

Este post vai soar mais como um lamento de um adolescente rebelde. Um texto imaturo, com uma opinião rasa. É isso que não quero perder. Não gosto de igrejas. E digo isso pensando desde o meu passado mais distante, bem para trás, mesmo. Desde criancinha, nunca gostei. Penso que existem várias explicações para este ódio a igrejas, algumas racionais e, outras, irracionais. Igrejas são instituições que se intitulam donas de uma moral e uma razão utópicas. Ninguém lá dentro é bom o suficiente o quanto deveria, principalmente nas igrejas evangélicas, que considero as mais fundamentalistas morais do que qualquer outro tipo de igreja, e mais contraditórias. As igrejas evangélicas que conheço e que já até frequentei (em eventos como batizados e casamentos e umas duas vezes como convidado) arrebanham os incautos através de uma espécie de hipnóse arcáica: a fórmula envolve muito barulho, muitas pessoas no mesmo lugar e sempre uma forma subliminar de "pertencimento", como vocabulário, ve

Anubhav Jain - 7 Rules from This Guy That I Read on Quora

Just reposting this seven rules below: 1. No anger rule, stupid words, reactions, mistakes of people, tiredness, irritation, doesn't matter what, don't show anger. Stay calm, and react in peace. 2. Ten minutes zero thoughts, no thought at all. Realize your thoughts and eliminate them one by one. Nothing matters in those ten minutes than being free. Just reject and throw each one of them out. Be it about a movie, person, crush. Stay blank, smile and relaxed for only ten minutes each day. 3. Keep a notebook, and make notes about new, important and upcoming things, words, concepts, philosophies that you hear everyday but conveniently ignore. Read, understand and make notes. One hour daily. For example, 3D printers, AI, Kaizen, be it anything new. Fill information and knowledge gaps. 4. Stop showing doubts on yourself. Stop using words like, I can't, impossible, I lack, it's tough for me, I can't do it on my own, I can't handle it. Any task, responsibility, project

16 de Setembro de 2023

 Algumas raras vezes tenho vontade de escrever algo bem pessoal e venho para este velho espaço. Sei que aqui ninguém lerá ou irá interagir. Continuo sem motivação nenhuma para fazer a minha tese de mestrado. Não vejo um motivo, um fim para este trabalho de pesquisa... sei que, de alguma forma, preciso terminar. Culpo literalmente a mim mesmo... ao passo que eu tenho um orientador que em nada orienta. Mas, não posso cúlpa-lo em absolutamente nada, pois o professor Ugo me permitiu trabalhar em paz, nunca me cobrou nada e nunca me colocou nenhuma pressão. Tadinho, ele pouco me conhece. As vezes, funciono apenas "na pressão" (e funciono muito bem). Já estou há mais de vinte anos no mundo corporativo, e já está enraizado em mim que o tempo das entregas é o tempo do meu cliente. Neste caso, o meu cliente, a universidade, nunca colocou um prazo que fosse claro. Existe um prazo geral, mas, nunca rolou de fazer pequenas entregas para seguir encantando o cliente. Isso nunca me motivou

07 de Abril de 2023

Olá. Hoje é sexta-feira santa. Para mim, não é um dia Santo. Considero esta sexta como um dia sagrado, o que é (bem) diferente de santo. A Páscoa tem um contexto histórico que é bem anterior ao Cristianismo. É uma data que está ligada a colheita, aos solstícios, a prosperidade, em vários lugares do mundo (assim como é o Natal). Entendo que a tradição é importante, independentemente de religião. Recentemente fiz amizade com uma pessoa nascida em janeiro de 2003. Como pensam diferente essa galerinha... essa geração acha que não precisa saber muito porque o conhecimento está na internet. Me pego pensando que, em breve, a humanidade vai "precisar" de algo para sair dessa geléia em que estamos, para começarmos a viver longe dessas telas que estão em todos os lugares e que eu e você somos vítimas. Eu já tentei ficar longe do celular e não foi nada bom. Fiz uma viagem para o Havaí e fiquei nas ilhas de Oahu e Mauí, sem celular, apenas com a minha câmera digital. Que arrependimento..

10 de Junho de 2022

     Vim até aqui lembrar deste espaço, repleto de tantos "eu's˜... quero ser mais sincero comigo mesmo e passar a escrever a minha vida com a frequência necessária, em português, mesmo. Eu gosto de escrever.     A formatação que o Blogger permite é limitada, mas é o suficiente. Temos que escrever, nem que seja com escremento e em muros velhos... precisamos dessa prática, dessa práxis.     Quero falar sobre tanta coisa... mas, principalmente, do 'hoje'. Quero transformar este espaço em um 'diário', nem que não seja diário.     O que me fez voltar a pensar assim e voltar a este blog foi o documentário da Netflix sobre Andy Warhol, The Andy Warhol Diaries. O estou a assisir e, mesmo eu não tendo conhecido tanto o trabalho de Andy, gosto de pessoas esquisitas e de toda forma de arte, e me dei a oportunidade de ver algo na TV, sem culpa. Tenho a necessidade de ver TV depois que chego do trabalho... é como uma forma de esvaziar a cabeça, cheia de tantas burocracias

Filme Nise - O Coração da Loucura

Este texto não tem por objetivo resumir o filme, tampouco tentar enlatá-lo ou fazer dele uma resenha. É preciso destacar a história que o filme traz, e tornar histórico o que a Doutora Nise da Silveira, notável médica brasileira, nascida em Maceió, no início do Século XX, realizou em prol da medicina e da luta manicomial. Aluna de Carl Jung, revolucionou a medicina psiquiátrica no Brasil e o modo como os doentes mentais devem ser tratados nas instituições psiquiátricas. A Doutora Nise foi a primeira pessoa no Brasil que descaracterizou o ambiente de tortura e judiação que eram as instituições psiquiátricas no Brasil. Tratamentos antiquados, sem nenhuma base científica, como os eletrochoques e a lobotomia foram abominados por Dra. Nise. Foi o momento onde houve um olhar humano por sobre os doentes. Houve tratamento digno, com base em ciência e em reciprocidade. A Dra. não tratava ninguém de forma diferente da que gostaria de ser tratada. Apresentou trabalhos de pesquisas importantes na